Sentada naquele velho banco de jardim revia mentalmente o dia anterior. Aguardara expectante aquele momento. Cada lapso, cada lampejo, cada fracção temporal havia sido por ela idealizada. E agora, todas aquelas vastas horas perdidas num mundo fantasioso, num conto de fadas imaginário, se resumiam a isso mesmo, IMAGINAÇÃO.
Segundo Oscar Wild, É a expressão que confere veracidade às coisas. No entanto, sentia e sabia que se o tivesse exteriorizado nada mudaria. Os devaneios permaneceriam devaneios e mais uma vez todas as suas expectativas sairiam destruídas.
Claro que ele havia desfrutado da sua companhia, claro que ela o havia cativado, mas o beijo que desejara, o toque e todo o turbilhão de emoções que idealizara rapidamente se esfumaram.
E a dúvida... Toda a dúvida, toda a insegurança que daí advieram deixavam-na exausta. Questionava-se incansável. Imaginara-o na mesma frequência e afinal não passavam de estações de rádio com sintonizações diametralmente opostas.
Tudo sabia-lhe sempre a tão pouco. Toda a experiência, todo o momento agradável que experimentava, deixavam-na insaciada. Queria sempre mais. Não conseguia contentar-se com meras conversas de circunstância, com simples trocas de olhares, com vulgares passeios à beira mar. Queria mais. O seu desejo era infinito.
Por vezes pensava se não deveria sentir vergonha de si própria. Sempre a tentar seduzir todos aqueles que a rodeavam. Mas rapidamente se abstraía desses pensamentos, era mais forte do que ela. Não se resumia a uma simples vontade, era a sua índole. Queria. Precisava de alguém, de ninguém, de toda a gente. Deste, do outro, daquele. De qualquer um, de nenhum. Era quase como se desejasse mais do que a própria conquista. Menos. O prazer da reciprocidade. A dor da rejeição. Era o que a mantinha viva, era o que lhe dava aquele prazer doentio de saber que era nestes momentos que as suas emoções eram mais genuínas. Genuinamente doentias. Era o que lhe deva alento para produzir a sua arte.
Agora que ele não lhe havia dado qualquer resposta afirmativa desejava-o com mais intensidade do que em qualquer outra ocasião. Ele estava a dar-lhe mais do que aquilo que sempre desejava. Não lhe dizia que sim, mas ao mesmo tempo não lhe dava a entender que não partilhava dos mesmos sentimentos.
Queria beijá-lo. Um simples beijo calaria o grito do seu peito.
Depois disso nada mais restaria. Sem o segredo tudo se perde. Nada mais há a desejar.
Segundo Oscar Wild, É a expressão que confere veracidade às coisas. No entanto, sentia e sabia que se o tivesse exteriorizado nada mudaria. Os devaneios permaneceriam devaneios e mais uma vez todas as suas expectativas sairiam destruídas.
Claro que ele havia desfrutado da sua companhia, claro que ela o havia cativado, mas o beijo que desejara, o toque e todo o turbilhão de emoções que idealizara rapidamente se esfumaram.
E a dúvida... Toda a dúvida, toda a insegurança que daí advieram deixavam-na exausta. Questionava-se incansável. Imaginara-o na mesma frequência e afinal não passavam de estações de rádio com sintonizações diametralmente opostas.
Tudo sabia-lhe sempre a tão pouco. Toda a experiência, todo o momento agradável que experimentava, deixavam-na insaciada. Queria sempre mais. Não conseguia contentar-se com meras conversas de circunstância, com simples trocas de olhares, com vulgares passeios à beira mar. Queria mais. O seu desejo era infinito.
Por vezes pensava se não deveria sentir vergonha de si própria. Sempre a tentar seduzir todos aqueles que a rodeavam. Mas rapidamente se abstraía desses pensamentos, era mais forte do que ela. Não se resumia a uma simples vontade, era a sua índole. Queria. Precisava de alguém, de ninguém, de toda a gente. Deste, do outro, daquele. De qualquer um, de nenhum. Era quase como se desejasse mais do que a própria conquista. Menos. O prazer da reciprocidade. A dor da rejeição. Era o que a mantinha viva, era o que lhe dava aquele prazer doentio de saber que era nestes momentos que as suas emoções eram mais genuínas. Genuinamente doentias. Era o que lhe deva alento para produzir a sua arte.
Agora que ele não lhe havia dado qualquer resposta afirmativa desejava-o com mais intensidade do que em qualquer outra ocasião. Ele estava a dar-lhe mais do que aquilo que sempre desejava. Não lhe dizia que sim, mas ao mesmo tempo não lhe dava a entender que não partilhava dos mesmos sentimentos.
Queria beijá-lo. Um simples beijo calaria o grito do seu peito.
Depois disso nada mais restaria. Sem o segredo tudo se perde. Nada mais há a desejar.
olá Chevalier de Pas!
ResponderEliminarBem vinda ao clube dos poetas!
gostei do que li. temos assunto,de certeza.
sou quem sabe, a do costume
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