quarta-feira, 28 de abril de 2010

o que um dia fomos


Hoje tive saudades tuas.

Decidi escrever sobre ti. Sobre nós.

A paixão morre aos poucos. Sempre morreu.

(Será que em tempo algum a houve?)

E as memórias que partilhávamos

não mais preencheram que meras noites

vazias de tudo o resto.

Embalados em abraços,

(difusa realidade que fomos)

Quando éramos nós

Percorremos camas vazias

Na esperança vã de nos encontrarmos.

E de manhã o dia era outro

As luzes difusas, o álcool, o sexo.

São agora pedaços de culpa espalhados pela estrada.

Não ouço o que ele diz…

Pneus gastos percorrem o asfalto sem destino aparente

Até alcançarmos o fim, sonhamos com o regresso

Sem comentários:

Enviar um comentário