Não tenho contado os minutos, não tenho contado as horas, nem os dias ou as semanas, muito menos os meses. Apenas te recordo, às vezes, quando nada mais me ocupa o pensamento.
Disse que nunca te esqueceria e que para sempre estarias gravado em mim. Disse ainda que a memória dos teus beijos me aqueceria nas crepusculares tardes de Inverno e que a tua melodiosa voz me guiaria nos dias difusos em que não sei por onde ir.
Esperar-te-ia até regressares.
Entretanto, essas vívidas memórias foram-se afastando. Tentei agarrá-las mas nada consegui fazer além de as observar a escaparem-me entre os dedos. Primeiro como água, consegui-a vê-las, sentir-lhes a textura, o sabor, conseguia tocar-lhes mas não agarrá-las; depois como fogo, passaram apenas a aquecer-me e ainda que as visse e lhes pudesse tocar não o fazia, não me queria magoar e, finalmente, como ar, uma leve brisa que sentia por mim passar de quando em vez, estava sempre lá, não a via, não a conseguia agarrar e, por vezes, até me esquecia da sua existência.
No entanto, és real.
Não passas de uma memória cada vez mais longínqua. Uma realidade cada vez menos presente.
Em mim és mera lembrança.
Não há fotos, não há textos, muito menos objectos. Nada físico que a esses momentos, a ti me possa ligar.
Sempre disse que para mim, pelo menos para mim, foi real. Já nem essa crença me resta…
Nada mais há a que me possa agarrar.
E ainda assim, continuas, mesmo que disperso, vivo em mim.
Disse que nunca te esqueceria e que para sempre estarias gravado em mim. Disse ainda que a memória dos teus beijos me aqueceria nas crepusculares tardes de Inverno e que a tua melodiosa voz me guiaria nos dias difusos em que não sei por onde ir.
Esperar-te-ia até regressares.
Entretanto, essas vívidas memórias foram-se afastando. Tentei agarrá-las mas nada consegui fazer além de as observar a escaparem-me entre os dedos. Primeiro como água, consegui-a vê-las, sentir-lhes a textura, o sabor, conseguia tocar-lhes mas não agarrá-las; depois como fogo, passaram apenas a aquecer-me e ainda que as visse e lhes pudesse tocar não o fazia, não me queria magoar e, finalmente, como ar, uma leve brisa que sentia por mim passar de quando em vez, estava sempre lá, não a via, não a conseguia agarrar e, por vezes, até me esquecia da sua existência.
No entanto, és real.
Não passas de uma memória cada vez mais longínqua. Uma realidade cada vez menos presente.
Em mim és mera lembrança.
Não há fotos, não há textos, muito menos objectos. Nada físico que a esses momentos, a ti me possa ligar.
Sempre disse que para mim, pelo menos para mim, foi real. Já nem essa crença me resta…
Nada mais há a que me possa agarrar.
E ainda assim, continuas, mesmo que disperso, vivo em mim.